8 de março de 2010

Arte na Pré História - Vênus de Willendorf

Vênus de Willendorf


A Vénus de Willendorf, hoje também conhecida como Mulher de Willendorf, é uma estatueta com 11,1 cm (4 3/8 polegadas) de altura representando estilisticamente uma mulher, descoberta no sítio arqueológico do paleolítico situado perto de Willendorf, na Áustria.

Foi desenterrada a 8 de Agosto de 1908, pelo arqueólogo Josef Szombathy. Está esculpida em calcário oolítico, material que não existe na região, e colorido com ocre vermelho.

Em 1990, após uma revisão da análise estratigráfica deste sítio arqueológico, estimou-se que tivesse sido esculpida há 22000 ou 24000 anos. Pouco se sabe sobre a origem, método de criação e significado cultural.

A Vénus não pretende ser um retrato realista, mas uma idealização da figura feminina. A vulva, seios e barriga são extremamente volumosos, de onde se infere que tenha uma

relação forte com o conceito da fertilidade. Os braços, muito frágeis e quase imperceptíveis, dobram-se sobre os seios e não têm uma face visível, sendo a cabeça coberta do que podem ser rolos de tranças, um tipo de penteado ou mesmo vários olhos.

O apelido com que ficou conhecida causa alguma relutância a alguns estudiosos actuais, que não conseguem ver nesta figura com características de obesidade a imagem clássica de uma Vénus. Christopher Witcombe, professor na Sweet Briar College, em Virgínia por exemplo, refere que "a identificação irónica destas figuras com Vénus satisfez de forma prazenteira alguns conceitos correntes, na época, sobre o que era o homem primitivo, sobre as mulheres e sobre o sentido estético". Outros autores têm alguma relutância em identificá-la como a deusa Mãe-Terra (Grande Mãe) da cultura européia do Paleolítico. Alguns sugerem que a corpulência representa um elevado estatuto social numa sociedade caçadora-recolectora e que, além da óbvia referência à fertilidade, a imagem podia ser também um símbolo de segurança, de sucesso e de bem-estar.

Os pés da estátua não estão esculpidos de forma que se mantenha em pé por si mesma. Por essa razão, especula-se que fosse usada para ser trazida por alguém em vez de ser apenas observada, podendo ser apenas um amuleto. Há ainda quem avance a hipótese de que poderia ser inserida na vagina, em rituais de fertilidade.A Vénus faz parte da colecção do Museu de História Natural de Viena (Naturhistorisches Museum).Outras representações semelhantes foram descobertas depois desta, ficando também conhecidas: Vênus de Lespug,Vênus de Savingano.



Atenção !

Oólito (do grego: òoion, ovo + lithos, pedra) é a designação dada a grãos arredondados do tamanho de areia (0,25 a 2,00 mm) formados por precipitação química inorgânica de carbonato de cálcio em águas agitadas e com pouca deposição de material clástico. A precipitação ocorre geralmente em camadas concêntricas em torno de um núcleo de quartzo ou de fragmento de concha, dando origem a pequenos grãos que se assemelham, na forma, a ovos de peixe (daí o nome). Embora sejam constituídos predominantemente por CaCO3, os oólitos apresentam por vezes quantidades apreciáveis de outros materiais, nomeadamente sílica, dolomita e fosfatos diversos.

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